quarta-feira, 28 de maio de 2008

Feliz Aniversário!!!

"Já NASCESTE, já a tua Vida foi dada à Luz inteiramente. Tudo é LUZ agora, não é?! Pois... Finalmente, sabes o que é a VIDA, agora sabes de verdade, enquanto nós ainda ficamos por aqui a descobrir e a construir...

Que tal é DEUS?! Ai, que ganas eu tenho do CÉU para poder experimentar o que experimentas agora… Que tal é DEUS?!Estive contigo os dois dias, horas, minutos, segundos antes de NASCERES, e falávamos de tudo isso...
Prometi-te que ias ficar admirada com a Festa que te esperava... Saboreei contigo a Plenitude da Vida e do Acolhimento que acontece “do outro lado da fronteira”... Estou convencida que uma das tuas primeiras reações quando experimentaste o Abraço Divino Universal que te acolheu foi rires-te de mim perdidamente! Porque, de repente, se tornaram incrivelmente pequeninas todas as coisas “grandes” que te tinha dito. A gente fala sempre de maneira muito diminuída, não é?! Tu agora é que sabes… Eu só intuo… Quando chegar a Hora do meu próprio Abraço, quando eu NASCER, sei que ainda te vou encontrar a rir! E na maneira que aí no Céu as pessoas tiverem de se “olhar” umas às outras, sei que vou ver no teu "olhar" um enorme e encantado “Vês?! Vês?! Tudo é MAIOR, vês?!”E eu vou VER, sim…
Ainda combinávamos que antes de NASCERES eu havia de ir aprender novas receitas contigo. Já não deu… A verdade é que eu não sou especialista em culinária, mas pronto, alguma coisa inventaria! Conversávamos de muitas coisas… Rimo-nos… Foi bom, não foi?! Sei que ficaste serena. Olha, eu também. Obrigada! Disseste-me duas coisas que me marcaram profundamente, que me andam a bailar cá dentro desde que NASCESTE e não consigo mais segurar em mim. Tu sabes como eu sou com estas coisas… não as consigo reservar! E agora que estás na Plenitude da Vida, do Encontro e da Comunhão, sei que me confirmas de que esta é a maneira certa de viver, A MANEIRA ETERNA de viver…
Gostava que na Hora de NASCER fosses importante para muitas pessoas como foste para mim, que tive o privilégio de me sentar ao lado da cama de onde depois te despediste de nós com um sereno “Até já!”
Houve um momento em que falávamos de Amor. Disse-me que sentir-se amada era a melhor experiência do mundo. E tu deste um alcance a isso que me fascinou…
'Não há nada melhor na vida do que ser amada! Nada!!! É assim tão fácil de explicar, não é?! Tão fácil… E ao mesmo tempo parece tão inexplicável que ninguém percebe a tempo!'
Disseste isto! E eu calei-me… Calamo-nos um bocado. Depois começaste a falar do Tempo… Quando se nasce tão jovem como tu, pensa-se muito no Tempo, sim… Com uma PAZ enorme disseste o que todos sabemos, mas não levamos a sério: 'Que o perdemos como insensatos!'

'Perdemos tempo demais à procura das explicações das coisas todas, a dar voltas às causas… Aprendi isto ultimamente! Perdemos tempo demais a perguntar porque é que foi assim e não assado, porquê a mim, e outras coisas… Aprendi que a Vida acontece e pronto! Os acontecimentos estão aí. As coisas são o que são, a Vida é o que é! É preciso pegar nela e ANDAR PARA A FRENTE! Na hora da verdade, para que servem as explicações e as causas?! Só interessa a maneira como lidamos com cada coisa! O resto é quase sempre perder tempo!'

Senti-me tão agradecida por me teres dito tudo isto… Senti-me tão privilegiada por estar ali ao teu lado! Não podia guardar isto só para mim! Não podia. Tu sabes do que estou a falar, agora sabes!!! Estas coisas tocam na densidade eterna da Vida, e por isso têm que ser pertença da COMUNHÃO, não podem ser apenas minhas. É na Comunhão que tudo se plenifica, não é?!
Muito Obrigada por me teres possibilitado o amor!
Até já! Guarda-me aí o meu ABRAÇO…"

terça-feira, 27 de maio de 2008

Recado a um perdedor

Um idiota um dia me deu tchau... simplesmente deu-me um pé na bunda com o discurso: vamos continuar sendo amigos e bons amigos.
Sofri sim com tudo isso... só que hoje estou otima, alias infinitamente melhor do que quando nos conhecemos.
Resumo da opera: como o mundo dá voltas, hoje o cara viu que realmente fui importante na vida dele, e quer ter pelo menos a amizade que tinhamos naquela epoca.
Piada nao é? Sim, tambem estou achando SUPER engraçado. Ele deve estar achando que tem um nariz pintado de vermelho, só pode.
Querido, aprenda: QUANDO ME ENTREGO ATIRO, QUANDO RECUO NAO VOLTO !
MEU NOME É TCHAU....
VÁ VIVER E CUIDAR DA SUA VIDA, DA MINHA CUIDO EU.
SOME

terça-feira, 20 de maio de 2008

Wise up




Wise up, by Aimee Mann.
This song is part of Magnolia's sound track.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Não há ninguém que não seja estranho a si mesmo
Nietzsche

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Carta à Gratidão

Gratidão
Oceano das Múltiplas Possibilidades
Mundo dos Corações Agradecidos

Olá!!! Depois de tantos dias seguidos, de tantos meses a sentir o mesmo, hoje, é a ti que escrevo! Já sinto o meu Coração invadido de ti, da Alegria, e cheio do Tempo Importante há tanto tempo! Quanto bailas cá dentro e me delicias com as maravilhas que me ides segredando ao ouvido do Coração!!! Que passos me fazes saborear e ensinas-me sempre novos e mais arrojados. Por isso, tenho um coração profundamente agradecido pelo Dom da minha Vida, pela Beleza e pelo Encanto, com que tu, a Paz, a Alegria e a Serenidade a foste tocando. É como uma sinfonia, da qual só sei alguns acordes e que ao longo do tempo, vai ganhando cheiro, cor e VIDA! Como gosto de Ti, querida Gratidão! És tu que me tornas forte, me dás alento nos dias mais chuvosos. És tu que me fazes saltar da cama a cantar, que me fazes correr por entre a Vida e és tu que te sentas comigo a sentir a brisa ou a olhar o mar. És tu também, que no ‘deserto’ soltas sorrisos de admiração com o espetáculo do sol a pôr-se. És tu Gratidão que andas comigo de mão dada...

Que família, Bela Família formas com a Paz, a Serenidade e a Alegria! Oh... E ainda aparece a Surpresa para salgar os dias! Ui... Quando te juntas ao resto da Família, o meu coração fica tão apertadinho, mas tão apertadinho, que nasce cá dentro uma espécie de formigueiro que umas vezes me cala, outras me faz chorar e outras me põe a entoar cânticos de júbilo por tanta Beleza com que se vai preenchendo a minha Vida.

Amo-te muito Gratidão! És dos motores mais deliciosos para que, vivendo com um Coração agraciado saiba sempre dizer-te Obrigada! Obrigada, por tanta Beleza! Obrigada, por não desistires de mim! Obrigada, por seres assim!

Um abraço apertadinho daqueles que só dou a quem Amo,
Maria.
PS: Quando passares pela Casa da Alegria podias dizer-lhe, novamente, que descobri que a Alegria era mesmo a Alegria e não uma prima galdéria???!!!! E que foi das melhores descobertas que fiz até hoje! As "minhas meninas" ao lado desta descoberta até perdem importância. Um dia destes já lhe mando uma carta especial!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Medo

convido todos a visitarem o blog: decostasproespelho.blogspot.com para terem acesso ao demais textos de Carol Bahasi, a brilhante autora do texto abaixo.
Medo. Medo, alarme, aversão, covardia...
A verdade é que a palavra MEDO deriva de uma palavra grega que significa "temor".
É a insegurança tremenda que sinto em querer mais e achar que posso poder mais. É aterrorizante, é estático, é paralisante, é veneno. Um sentimento de inquietação, de apreensão, de incerteza, de receio de um perigo real ou imaginário.
Essa fobia maluca muitas vezes me estanca no meu próprio estatus quo da ignorância. E cresce diante de mim como uma bexiga de gás hélio. Sim, como uma bexiga. Porque o medo, o meu medo e até acho que todos os medos tem haver com “deixar algo”, “fazer diferente” e, como não poderia deixar de ser, tem haver com “sair da posição fetal”, do colo macio da mãe, das festinhas com bexiga de gás hélio.Medo é uma coisa, assim, repugnante!
Indesejável. Detestável. Deplorável.
Uma coisa assim de mãe apontando o dedo na sua cara e dizendo “Não tenha medo!” e o pai “Estou orgulhoso de você, filho, como foi corajoso.”.E o medo cresce mais do que a gente, apesar de ser medo da gente, porque ele é feio e grosseiro. E feio e grosseiro também é quem o tem (confessa ter).Mediocridade. Tudo haver com o medo.
Medíocre. No meio. Parada. Um pau, uma pedra. A distância entre dois pontos. A riqueza de um lado e a pobreza do outro. O conhecimento de um e a ignorância do outro. As chances de um e as invejas do outro.Aí estou. Medíocre.
Piso no chão e encosto as mãos nas nuvens. Vejo acima e abaixo. Aqui é muito mais confortável. Pra cima, tenho medo dos lobos, das mulheres que correm com os lobos, das meninas más que não vão para o céu, mas que dormem bem à noite, da luta (ai), da guerra, das disputas, das pessoas más, do mercado de trabalho com trabalho e sem emprego. Pra baixo, por ora, nem quero saber. Que me permaneça aqui, no meio, sem esforço mesmo. Amanhã penso nisso.
Posso usar de todos os moralismos e ideologias para justificar meu medo. Posso usar meu pai, minha mãe, minha avó, minha cachorra, meu professor de ciências da quarta-série, meu intelecto evoluído sem muita necessidade de intervenção (sic)... Minha dor de cabeça, minha faculdade, meu par de tênis rasgado, minha pós-graduação, meus sonhos, minha imaginação fértil, minha vizinha, o sistema, o governo, a juventude, a rainha Elizabeth. Dentro da estrutura-primitiva-da-representação-social-do-medo, posso falar qualquer coisa. Posso evocar qualquer santo que me deixe, ainda, bem onde estou. Sentada, parada, em frente a uma tela de 15 polegadas de um computador, de costas pro meu chefe, trabalhando com firmeza em vez de outra coisa qualquer.
Estou aqui. Medíocre.Medo do desconhecido chega a ser simplório perto do tamanho do meu medo. Pra falar a verdade, do tamanho da minha maldita COVARDIA.
Que fosse culpa dos meus pais Woodstock que proferiram palavras belas à ditadura e ergueram um-meu chão seguro onde “tudo pode, mas melhor não mexer”. Que fosse culpa do governo que não me dá oportunidade (apesar de não precisar de casa, comida e estudo – do governo). Que fosse a culpa do meu avô que sempre preferiu a minha irmã mais nova, ou do império romano que a petulante professora de história usou para me reprovar. Que fosse a culpa de outro. Não minha.Porque é minha. A culpa é minha em acreditar que o MEDO é ruim e deve ser secreto.A culpa é minha porque me deixei levar pela idéia de que o medo não é legal.A culpa é minha porque enquanto muitos me diziam “Que bom! Você superou o seu medo!” eu só entendia “Medo é abominável. Não tenha MEDO”.
A culpa é minha por me culpar ou culpar alguém.A culpa é minha.
Esse tal de medo é mesmo “fudido”. E lindo. Duvido que Armstrong perambulasse pela Lua sem medo. Duvido que a Coca-Cola fosse a Coca-Cola se não tivesse medo da Pepsi. Duvido que o muro de Berlim tenha caído aos pés do mundo sem tijolos de medo por todos os lados.
Eureca! O medo é o irmão gêmeo da coragem!
Ninguém faz nada corajoso sem ter sentido medo antes.
Então, ora, o MEDO é extremamente importante. O meu medo, agora, tem que ser estimulante para provar a fórmula coragem versus covardia = alguma coisa.
Baltasar Gracián y Morales, escritor, filósofo e jesuíta espanhol disse, por várias vezes, a célebre: "Não há mestre que não possa ser aluno.".
Lindo! Clap, clap... (barulho de palmas).
Só que MEDO não é sinônimo de VARINHA DE CONDÃO. Não é automático. Como disse antes, a culpa é minha sim. Porque o MEDO, sozinho, não infla, não cresce, não existe. O MEDO sozinho é só uma palavrinha de quatro letras. O medo comigo, aí sim!
E a culpa continua sendo minha. Sabe por quê? Porque continuo sentada, parada, em frente a uma tela de 15 polegadas de um computador, de costas pro meu chefe, trabalhando com firmeza em vez de outra coisa qualquer.
Uma hora ou outra tenho que levantar desta cadeira. Talvez seja agora.