sábado, 18 de outubro de 2008

os dias dizem tantas coisas...

"Hoje queria escrever sobre felicidade.
É um risco escrever assim quando se pensa triste, mas se há algo que tenho aprendido é como se torna doloroso contrariar e vencer vontades simples.
Às vezes, penso que a felicidade é parte da vida. É a soma de sorrisos, de gestos, de dias inteiros, de partes de dias, de olhares, de sonhos, de promessas… de conversas e monólogos, de surpresas, de flores, de vontades, de toques, de conquistas… É o parar porque se nota um cheiro bom e respira-se fundo. É reparar num pequeno presente da vida e agradecer-Lhe. É suspirar, é prender a respiração tranquila num mundo de mimos, fechar os olhos e ao abrir ver o que se imaginou realizado. É acordar, é não adormecer. É todo o conforto de um bocadinho de colo, é (não) saber explicar a saudade… é ser um abraço porque um abraço é nosso… é ser ridículo porque se sente diferente.
Mas há tudo isto triste… (Que saudade, mãe!…)
Mas a felicidade não é ausência de lágrimas, nem de lágrimas tristes, nem de tristeza… nem de sonhos. A felicidade somos nós. E nós, às vezes, estamos tristes. Somos nós porque nós somos tudo isto, não numa soma aritmética de parcelas, em que se dividem pessoas, sonhos, dias e realidades. Somos nós porque somos perfeitos enquanto Vida, e enquanto Vida sinto-te em mim renascendo a cada dia!

Há dias de muitos dias… Há dias de vidas inteiras… Mas há vidas inteiras sem um dia.
(Três anos...) E a vida deu-te um dia, tirou-me a vida porque todos os dias és vida em mim. E há felicidade porque é tua a alegria em meu viver.
'E a vida e a morte soam o som de um mesmo acorde'!"
texto adaptado by Ni

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