sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Voce sabe voar !
A vida deu voltas, deu tapas, deu colo só não deu o seu lugar.
Lugar para ser o que sempre sonhou, será que se sabia o que se queria?
A verdade é: nunca se sabe.
Dor maior é saber que não se sabe o que deveria saber.
Quem realmente é.
Por isso, se vive à deriva.
A mercê das emoções, esquecendo de puxar o racional.
Voltar para a vida que hoje se tem.
Há dias em que realmente não se quer nada.
Mas isso não é assim tão mau.
Os piores dias são aqueles em que não se sabe o que quer.
Ai questiona-se o todo.
O certo passa a ser o errado e o errado é tão certo que afirma ser errado.
E vai se vivendo ou sobrevivendo, um dia de cada vez.
Mas, ainda sim guarda uma musica, que lembra uma historia.
Que lembra um momento. Que lembra alguém
Alguém que realmente é você.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Viver não doi
Viver não dói.
O que dói é a vida que não se vive.
Emílio Moura (poeta mineiro)
Li um texto do Jurandir Freire Costa e um outro de Flavio Gikovate e fiquei pensando... Meu trabalho é refletir sobre inovação e tecnologia, falar de como isto está mudando o mundo e nossas vidas... Mas, para ser honesto, acho que as transformações mais importantes deste início de século são as transformações que estamos vivenciando nas relações humanas.
Gikovate nos alerta que o romantismo do século passado nos levou a procurar no outro o complemento indispensável para nossa felicidade: “O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino”. Completa dizendo que uma outra teoria, no fundo com esta mesma base, é de que devemos procurar nossos opostos, para assim chegar ao equilíbrio. Se sou calmo, devo procurar alguém agressivo, se sou sonhador, uma pessoa pragmática...
Com base na sua vasta experiência como psicoterapeuta, Gikovate aponta que “o que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar... As pessoas estão aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras” (grifo meu).
Freqüentemente identificamos a causa de nossos problemas nos outros: fulano é insensível, beltrano me irrita, ninguém percebe meu valor... Identificamos os problemas, e conseqüentemente, as soluções como estando fora de nós. Em poucas palavras, como diria Sartre, “O inferno são os outros”...
Jurandir Freire e Gikovate propõem um outro caminho. Ao invés de culpar o outro ou, no caso das relações afetivas, buscar nossa “alma gêmea” ou "a parte que nos falta", eles nos sugerem buscarmos a plenitude. Não devemos nos contentar em sermos frações, mas seres inteiros naquilo que fazemos. E para isso, quanto mais competente formos para viver sozinhos, mais estaremos preparados para viver intensamente uma relação afetiva. A relação não será doentia (“não posso viver sem você”), mas saudável, sem exigências, onde ambos podem crescer.
Claro que este é o caminho mais difícil. Certamente é muito mais fácil adotar um perfil conhecido, imitando os modelos que todos os dias as novelas e filmes de holywood nos propõem. Quando você copia os outros há menos riscos. Quando não copiamos ninguém... estamos sozinhos!
É uma opção de maior risco, mas muito mais interessante!!! Afinal, como nos ensina o poeta, viver não dói. O que dói é a vida que não se vive.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Idiossincrasia
Beleza interior só é descoberta se houver força de vontade - algo em falta eternamente.
Simpatia não garante amizades.
Amizades não garantem sucesso.
Sucesso garantirá felicidade?
Por que faltam forças para seguir em frente?
Por que sobram sonhos inalcançáveis?
De onde vem o vazio?
Qual é a fórmula que todos usam para mascarar a dor e demonstrar felicidade?
Quando isso vai ter fim?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Doce Amanda
Era o ponto de fervura embolida de qualquer um.
Era a licença poética para qualquer coisa.
Era sol. Era grande. Era tudo.
Aquilo que dizia-se tanto deixou de ser tanto.
Até porque o tanto que era, só seria se fosse válido para o pequeno, aquele que erguia heroicamente.
E o pequeno, descobrindo outras coisas, deixou de ser tão pequeno.
E o grande teve de diminuir.
Não cabiam juntos.
E o que era pequeno entendeu que nunca foi, de fato, pequeno. Era só ridicularizado.
O que era grande e diminuiu, pobre coitado, foi buscar outro mínimo qualquer.
Ainda deve estar à procura.
Talvez sempre esteja..."
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Doce Amanda
Era o ponto de fervura embolida de qualquer um.
Era a licença poética para qualquer coisa.
Era sol. Era grande. Era tudo.
Aquilo que dizia-se tanto deixou de ser tanto.
Até porque o tanto que era, só seria se fosse válido para o pequeno, aquele que erguia heroicamente.
E o pequeno, descobrindo outras coisas, deixou de ser tão pequeno.
E o grande teve de diminuir.
Não cabiam juntos.
E o que era pequeno entendeu que nunca foi, de fato, pequeno. Era só ridicularizado.
O que era grande e diminuiu, pobre coitado, foi buscar outro mínimo qualquer.
Ainda deve estar à procura.
Talvez sempre esteja..."
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Idéias...
...são imutáveis, mas a todo instante pensamos em coisas novas e esquecemos as antigas.
...são inéditas, mas representam sonhos do passado.
...são magníficas, mas destroem coisas belas.
...são boas de se ter, mas acabam com a vida.
...são profundas, mas não significam nada.
...são verdadeiras, mas não passam de mera vontade de ser o que não se é.
...são as chaves da prisão, mas nos mantemos encarcerados nelas.
...são destrutivas, sempre.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Caminho do coração
Por que dizer que o coração pulsa por um secreto.
Por um objeto que nem sabemos se existe.
Por certo talvez esteja vivendo alucinações.
Andar por caminhos são escolhas.
Alguns momentos alegres, alguns noite escura.
Outros com o sol vindo nos mostrar quem ele é.
Outros caminhos nos presenteia com vento, muito vento, muito ar...
Chegar a acreditar em suas proprias alucinações, que talvez um dia poderia voar desse lugar.
Mas as buscas nunca param....sempre o sujeito busca.
Não para nunca!
Querendo ver o sol mais perto.... mais quente... muito molhado pela chuva.
Mais preparado pra caminhar nesse mundo desconhecido.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Inveja casou com o ciume
Vontade te ter aquilo que não é seu.
Medo de roubarem o que é meu.
Faz parte da natureza humana.
É o que nos faz humano.
Ou bicho, ou instinto.
Não se separa, um agrega ao outro.
Sempre imitando o alheio.
Vivendo as custas de qualquer devaneio
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Joga na maldita
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Geni e o Zepelim - Chico Buarque
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
A respeito do amore
Às vezes ele retorna, outras chega sem avisar.
Muito procurado e incessantemente aguardado.
Mas ele sempre vem, uma hora ele sempre vem.
Seja temporário, ou eterno, de momento ou em pensamento.
Sua hora vai chegar
Pois ainda que tardio, ele sempre vem.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Mascaras
Mascaras para fingir, mascaras para seguir.
Porque na verdade todos usam mascaras!
Mascaras para esconder a verdade
Para dizer aquilo que se tem vontade
Para viver o personagem
Bem ajustadas elas acoplam a personalidade
Entretanto quando passa pela prova
Ela nem sempre resistem, caem!
Bom com elas, melhor ainda é desvendar por baixo delas.
Divirto em contemplá-las nos diversos ambientes
Deliro com os convites para se moldar a sua fantasia.
Marcaras! Tudo tem sua hora mascaras!
Guarde-as com cuidado e esmero
Pois vira e mexe, retorna sua hora!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Crianças...
Casais felizes têm sua rotina destruída pelo bebê que chega: choros noturnos, amamentação diurna, banhos de sol, viroses, gritos, birras, consultas ao pediatra...
O horário das refeições se torna um martírio: se o pai comer antes, a criança chora; se comer depois, a criança já está dormindo no colo.
E tem gente que gosta de sofrer tendo filhos.
Mas há ainda coisa pior: crianças que não crescem. Aquelas criaturas primitivas, que insistem em sair de casa sem a companhia dos pais e se acham no direito de agir como pessoas.
Cursinhos pré-vestibulares estão cheios dessa raça não-humana. Crianças grandes, que gritam, conversam, fumam nos intervalos, dão palpite errado, atrapalham as aulas, acham que não há futuro e reclamam da vida "difícil" que têm.
Deus salve a quem é masoquista e convive com crianças por vontade própria ou por força das circunstâncias.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Escrúpulos ?
Querer e não poder
A voz da consciência que agora pulsa, escrúpulos, por que existir?
Ser igual é fácil, diferente tarefa complexa.
Ninguém quer ser igual a ninguém, ou quer?
O desejo bate, a vontade acresce, o sonho renova.
Mas o querer, não é poder.
Escrúpulo
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Inércia
Sair das suas garras é tarefa árdua
Fortes correntes prisionais dilatam do seu interior, cara inércia.
Possui diversas formas de atuação. Varia de preguiça a indisposição.
Depressão a opressão.
Seu pulsar é facilmente perceptível, dificil é escapar do seu domínio.
Alguém por favor apresente o antídoto.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Ver o sujeito da musica sangrar...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Palavras
Usadas para comunicação entre pessoas.
Fazem parte do cotidiano, e sem elas não viveríamos.
Palavras podem fazer o bem e o mal.
Palavras podem trazer alegria e tristeza.
Palavras podem caminhar por léguas ou serem guardadas na mente.
Palavras podem transformar e manter as coisas como elas são.
Palavras podem ajudar na tomada de decisões ou tornar as pessoas mais inseguras.
Palavras podem ser belas e más.
Palavras podem expressar amor e esconder ódio.
Palavras dizem tudo, mas na maioria das vezes elas só querem dizer nada.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Nada com nada
Como colocar para fora aquilo que quer se manter dentro ?
Fala-se muito entranto pouco se diz.
É preciso dizer o que se sente, mas, dizer o que se não sabe o que se sente ?
O que importa é que algo ainda pulsa.
Pois se parar, não exite mais o que dizer.